Falta mão de obra capacitada para e-commerce

Recente pesquisa realizada pela e-bit e a Universidade Buscapé Company, do Grupo Buscapé, mostra que, até o final do ano, o mercado de e-commerce deve ultrapassar os 22 bilhões de reais. O crescimento do comércio eletrônico demanda profissionais qualificados para lidar com as plataformas e as tecnologias apropriadas. Os dados da pesquisa apontam ainda que 65% dos candidatos que participam de processos de seleção estão despreparados para ocupar a vaga.

Para o diretor-presidente da Web Consult, Leonardo Bortoletto, a expansão desse mercado tem se mostrado uma alternativa de diversificação de negócios ou ampliação dos atuais. “Contando com um projeto bem dimensionado e com acompanhamento adequado, as empresas tem no e-commerce uma excelente alternativa para os dias de hoje, em que o consumidor busca comodidade e segurança. Porém, para isso, precisamos de mão de obra qualificada para desenvolver o trabalho”, garante Bortoletto.

De acordo com o Catho, serviço que reúne vagas de empregos e currículos, a média dos salários do setor de comércio eletrônico está entre R$ 800,00 reais (auxiliares) e R$ 16 mil (diretores). “A oferta para a área é muito grande. Os profissionais que queiram trabalhar com e-commerce devem ter uma especialização na área. O conhecimento da técnica e a prática contam bastante na hora de contratar esse profissional”, ressalta o diretor.

Segundo o professor e assessor de tecnologia do COTEMIG, Virgílio Borges de Oliveira, para atuar nesse segmento o profissional precisa de formação na área de Tecnologia da Informação, através de cursos como bacharelado em Ciência da Computação, Sistemas de Informação, Tecnólogo em Análise e Desenvolvimento de Sistemas e, até mesmo, o Técnico em Informática.

“Em qualquer uma dessas formações o profissional cursa disciplinas voltadas para o desenvolvimento de aplicações em ambiente internet, que permitem a criação de websites e aplicativos para dispositivos móveis, além da modelagem e implementação do banco de dados, que é fundamental para o armazenamento das informações do cliente, controle de estoque dos produtos e das vendas”, explica Oliveira.

Para o consultor Alberto Valle do Curso de E-commerce, o problema deve se agravar. “O segmento do e-commerce está muito aquecido e a tendência é de fique cada vez mais difícil encontrar profissionais já capacitados. Em nosso Mural de Vagas é comum vermos empresas ficarem com a vaga em aberto durante mêses. Uma solução que as empresas vêm adotando é a formação de profissionais dentro de seus próprios quadros através de cursos In Company. Em nossa consultoria temos ministrado de quatro a cinco cursos neste formato por mês.” afirma o consultor.

Ele alerta que a contratação de um profissional qualificado garante a segurança do negócio e da prestação de serviço. “É preciso lembrar que quem desenvolve ferramentas para o e-commerce tem a responsabilidade pela segurança da transação, porque está lidando com dados pessoais do cliente. Quem atua nessa área deve ter conhecimento em segurança de rede, auditoria de sistemas, entre outros.

Também é importante o conhecimento na área administrativa, noções de empreendedorismo e marketing para que ele saiba oferecer o produto para o público-alvo e definir a melhor linguagem a ser usada neste ambiente”, orienta.

A falta de mão de obra capacitada no e-commerce parece ser um problema sério para os novos empreendedores, mas a demanda do mercado tende a incentivar a formação de novos profissionais.

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