Condições e vantagens para entrar no comércio eletrônico
Segundo Alexandre Soncini, diretor comercial e de marketing da Vtex, empresa que desenvolve as plataformas de comércio eletrônico para lojas como Daslu, Walmart, Ponto Frio e Nokia, a escolha da opção certa depende dos objetivos do empresário e de sua capacidade de investimento.
Plataformas compartilhadas são as mais acessíveis
Para empreendedores individuais e microempresas, são mais recomendadas as plataformas compartilhadas, que reúnem várias empresas, pois não têm custo inicial, nem mensalidade. Paga-se uma taxa por unidade vendida. O percentual varia de 5% a 10% do valor do produto. Quanto maior o volume de vendas, menor a taxa.
Especialistas aconselham o Mercado Livre e a Like Store, que funciona dentro do Facebook. “São as que figuram nos primeiros lugares quando se faz a busca no Google”, afirma . Para participar, basta preencher um cadastro e inserir descrição e foto dos produtos, etapa fundamental, segundo ele. “A descrição e a produção da imagem são muito importantes, porque o cliente vai comprar isso. Ele só irá ver o produto nas mãos depois de pagar.”
O empreendedor se aproveita o tráfego de visitantes da plataforma e não tem de investir em marketing digital. No entanto, não é possível personalizar a página para apresentar os produtos. Não há preocupação quanto à forma de pagamento. A plataforma administra e transfere os valores das vendas.
Cautela ao contratar sites de compras coletivas
De acordo com os consultores, os sites de compra coletiva mais populares no Brasil são o Peixe Urbano e o Groupon. O empreendedor anuncia um produto com desconto e repassa um percentual para o administrador do site, que realiza as vendas.
Pedro Eugênio, especialista em e-commerce e o criador do site Busca Descontos, recomenda usar o recurso de forma planejada. “O primeiro contato deve ser fabuloso. Se essas pessoas se decepcionarem, vão reclamar no mesmo canal onde fizeram a compra. E, na internet, a capacidade de disseminação é muito maior.”
Já o gerente de acesso a mercados do Sebrae Nacional, Paulo Alvim, vê a presença em sites de compra coletiva com reservas. “É preciso não acostumar mal o cliente, para ele não buscar seu estabelecimento só quando há cupom de desconto.”
Custo de loja virtual é semelhante ao de loja física
Criar uma loja virtual é o maior salto que o pequeno empresário pode dar nessa área. Ao optar por ter seu ponto próprio na web, o empreendedor terá de investir para reforçar sua presença na internet, por meio do marketing digital. Para tomar essa decisão, o empreendedor precisa antes traçar uma estratégia, porque os investimentos não são baixos.
“A loja virtual já começa a se assemelhar ao custo de uma loja física, implica tempo, pessoas para operar e fluxos organizados para processamento dos pedidos”, afirma Alexandre Soncini, da Vtex
Por outro lado, permite criar uma identidade visual exclusiva à página, o que melhora a experiência dos usuários. E os produtos não ficam expostos ao lado da concorrência. Há centenas de plataformas no mercado, desde gratuitas as que custam R$ 500 mil para implantação e mais R$ 50 a R$ 60 mil mensais de manutnção.
Fonte: UOL Notícias