Lojas virtuais não resistem à falta de planejamento

O planejamento é a engrenagem de qualquer empresa. Quando se trata de negócios pela internet, ele é primordial. Mas é justamente nesse ponto que muitas lojas virtuais se perdem em meio aos vários concorrentes.

Estima-se que de 25% a 30% das empresas não resistam ao primeiro ano de operação. Passados mais 12 meses, as chances de fechamento de lojas virtuais dobram e a principal justificativa para esse desempenho é justamente a falta de conhecimento sobre como funciona o setor, somado à falta de metas e objetivos dos empresários.

De acordo com Daniel Ribas Martins, coordenador de novos negócios da JET e-Commerce, para alcançar o sucesso é preciso primeiro desenhar o plano de atuação da empresa, para logo em seguida definir a equipe responsável pelos processos. Assim, as chances de algo dar errado estão praticamente eliminadas.

Ainda é preciso estar consciente de que cada ambiente exige investimentos diferentes. O que se economiza na locação de um prédio, por exemplo, é o que será revertido para aplicar uma logística de qualidade.

Especialista em desenvolver plataformas para e-commerce há mais de dez anos, a JET compartilha os seus conhecimentos com o serviço de gestão comercializado pela empresa, onde são definidas regras e rotinas executadas e acompanhadas para o sucesso da loja virtual no mercado.

“A JET torna-se uma parceira, cuidando de todos os processos do e-commerce”, argumenta Martins.

Alvos diferenciados

Muita coisa pode mudar quando uma empresa decide ampliar a atuação para a rede. Inclusive, ela pode voltar os olhos para outro nicho de mercado. Caso em que é preciso ainda mais cuidado na elaboração do negócio, a exemplo do que fez os empreendedores responsáveis pela loja virtual ZIPCASA.

Em pouco mais de dois meses, a empresa pertencente ao grupo Actual Têxtil vai começar a operar virtualmente, focada em cama, mesa e banho.

Para a atuação, foi elaborado um estudo de mercado para analisar o potencial da empresa frente à concorrência. O método também serviu de parâmetro para a escolha dos produtos a serem comercializados.

“Inicialmente, a ZIPCASA trará o melhor mix de produtos de cama, mesa e banho. Em seguida, serão apresentados objetos de decoração e utilidades domésticas para montar ou renovar a casa com estilo e qualidade. A loja também dará a opção de listas de presentes, em que o cliente poderá selecionar os itens de interesse para ser presenteado com muita facilidade, em qualquer ocasião”, conta Joyce S. Kreimer, CEO da empresa.

Já a MisterCompras, resultado do projeto de expansão da atacadista paulista Kiprodutos, nasce de muita leitura acerca do assunto. Após o período de estudo, foram diagnosticadas necessidades específicas ainda não plenamente atendidas no setor.

Denis Vivaldini, gerente comercial da loja virtual, concorda que por trás de um passo dado em direção ao sucesso está uma decisão acertada no planejamento do negócio. “Uma grande vantagem que vemos no e-commerce é o fato de que a empresa que está começando, pode concorrer com qualquer uma das grandes empresas de hoje no mercado, isso se obtiver um planejamento, uma boa plataforma e uma boa equipe e estrutura.”

Mercado

A camara-e.net acredita que para cada empresa aberta, uma é fechada. As fraudes, principal preocupação de todos os responsáveis pelos negócios on-line, figuram no final da lista das causas para o encerramento das atividades das pontocom.

O desconhecimento do modelo de negócio é, sim, o fator determinante para o ciclo de vida das cerca de 70 mil lojas virtuais existentes no país, ainda segundo a instituição.

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